sábado, 28 de junho de 2008

Folga e Roxy Blue

Quer saber de uma? Resolvi que eu merecia um belo descanso depois de muitas noites bebendo em companhia daquela gangue de malucos dos trixis. Desliguei o alarme do celular e dormi até cansar. Tirei a sexta-feira para cuidar de mim. Levantei quase uma da tarde, fiz as unhas, arrumei meu currículo, botei fotos no orkut. Enfim, resolvi todas as pendências pessoas. Maravilha. Aí, depois de ficar o dia todo em casa, sem nem botar a cara na rua, à noite recebi um convite da Thany para ir ao bar em que ela trabalha. "Já que tava em cima da mesa, não posso fazer nada...." botei uma roupa basiquinha e me joguei. Pois é...me joguei e fui jogada em rodadas e mais rodadas de chupito, oferecidas pelo Gabi, ("puto chefe", como ele mesmo se autoedefiniu a noite toda), sem direito a recusa. Foi tanta mistura que uma hora eu pensei: amanhã não tiro a cabeça do travesseiro.

Por volta das 4h, bar fechado e tudo arrumado, esse Gabi chama a todos os amigos que estavam no bar para ir a uma boate chamada Roxy Blue. Eu, que já tava na garupa do Bozo e afim de saber como era uma noitada aqui em Barça me joguei de novo.

O meio de transporte
Foi a primeira vez que andei de Mercedez. Sou tão tapada e desligada dessas coisas que só descobri porque Gabi, ao entrar no carro e dar as chaves para Simone dirigir, perguntou a ele se este sabia dirigir uma Mercedez. O que eu achei? Ah, carro é tudo igual mas...com teto solar é mais legal, confesso.

E dá-lhe mais vodka com laranja, rum com coca cola, e não sei mais que catso de bebida eu tomei. Mas o pior é que não subia. Tirando o mal estar inicial de tomar tanto chupito (doce que só o diabo), depois tudo foi ficar fácil. E nada de álcool subir pra cabeça.

Saímos de lá por volta das 6h e, tal qual como em São Paulo, ainda tive direito a café da manhã. Só que aqui não se toma na padoca, mas sim nos restaurantes. A idéia não foi minha, confesso. Estava tão envolvida em discussões com Simone que nem tinha pensado. Mas uma vez feita a sugestão por Thany, abraçados de coração aberto.

Quem é essa figura?
No GAP trabalham basicamente 3 pessoas: a Thany, a Ju (também brasileira) e o Simone. Sim, é um homem. E pelo nome, adivinha? Italiano, claro. Já o tinha notado quando cheguei, mas depois, com mais calma reparei bem e vi que era um pedacinho. Sim porque só seria pedaçudo se fosse alto, coisa que ele não era. Devia ter lá seus 1,75cm, nada mais. Não nos falamos em momento algum no bar, exceto na hora da arrumação que ele veio me perguntar se era amiga de Thany. Foi aí que começamos a discutir. Primeiro porque ele queria corrigir meu espanhol. Dizia que eu não falava bem ao que eu respondia que nunca havia dito o contrário. Depois passamos a falar de hábitos brasileiros e italianos e a coisa meio que azedou. Ele queria ter razão em tudo, sabia de tudo, lia de tudo, mas eu não sei que raio de fontes eram essas que na maioria das vezes estavam totalmente equivocadas. Resolvi deixar ele de lado e comecei a conversar com outro rapaz que estava na turma. Daqui a pouco lá me vem ele de novo, rindo. Só então percebi que ele estava, o tempo todo, enchendo meu saco, de gozação. Aí ele viu com quem tava brincando. Cada uma que ele dava, eram 3 deixas para ouvir algo. Foi bem divertido. Falamos em espanhol, português e italiano. Intercâmbio cultural de primeira qualidade. Na hora de pagar a conta do café eu dizia que em SP somos acostumados a rachar. Ele disse que não estávamos no Brasil, nem na Itália, então que na próxima eu pagava, pra ficar tranqüila. A resposta: "Você acha que vamos mesmo nos encontrar de novo?". A princípio não me respondeu. Depois riu. É...seria bom se isso desse uma boa tarantela.

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