sexta-feira, 20 de junho de 2008

Praia, cerveja e haxixe

O dia ontem foi bem diferente. Nao tive vontade de dar grandes rolês e nem de ir a alguma obra monumental na cidade. O sol brilhava quando acordei, às 9h e havia um argentino esperando que eu o acordasse. Depois da cena da noite passada, quando ele voltou ao quarto, ouvi as meninas conversando sem parar e a única palavra que eu entendia (e se repetia continuamente) era "condón". Coitadas...

Ele (vamos dar nome aos bois, ok?), Guillermo, nao podia mais ficar neste albergue porque nao havia mais vaga e tudo ja estava reservado. Fomos entao fazer sua mudança, para uma rua bem próxima daqui de onde estou. Deixando as coisas lá, fomos tomar café em Port Vell (Porto Velho). Um pequeno negócio com mesas e cadeiras na calçada (aqui as há em toda parte...mas também, com esse tempo e essas vistas magníficas, comer no lado de dentro de qualquer estabelecimento é tudo que nao se quer). Resolvemos ficar. Café com leite, bocadillo e água. Em pouco tempo resolvemos pelo óbvio: o dia pedia uma praia.

Fomos para Barceloneta, que é a mais próxima. É uma praia artificial e Vasco (o portuga do trixi) disse que nao era boa para o banho. Mesmo assim quis tentar a sorte. Sabe que deu certo? Passamos umas 3 horas fritando no sol, só que dessa vez a cabeçuda levou e passou protetor quase em todo o corpo. Conversamos pouco, quase nada. Eu estava ainda apreciando as novas visoes na praia

Visoes novas:
- Topless aqui é bem corriqueiro. Por onde quer que se olhe na praia há tetas. De todas as formas, tamanhos, texturas...Até as vovós parecem ser contra a cobiçada (no Brasil) marquinha de biquini.
- A cada trinta segundos um indiano, ou marroquino ou chinês interrompe seus pensamentos ou diálogo. Na seguinte ordem "cerveza, aigua, coca-col, beer, water"; "pareos, pareos"; "massage, madam?". Cada nacionalidade dominou uma parte deste mercado da praia. E as gringas adoram. Quase todas aceitam as massagens oferecidas pelas chinesas.
- Mesmo feita de areia artificial a praia é bonita. Nao sei se pelo lindo sol que fazia ou se pela facilidade de acesso desta praia, a idéia que tive era de que estava todo mundo lá. Cada pedaço de areia disputado como água no deserto. Para passar entre os turistas era até meio complicado.
- Encontrei duas brasileiras tomando sol ao meu lado. Mas nao falei com elas. Uma era carioca, entendeu?

Bem, depois da praia, Guillermo quis descansar e eu voltei para o albergue para postar no blog, ler um pouco e tomar um banho. Combinamos de nos reencontrar na Catedral às 20h para vermos o jogo (Alemanha x Portugal...quis me encontrar com ele na Catedral para ver se encontrava os trixis...na verdade para ver o Eduardo, mas ele estava de folga). Achei um pouco atrasada e fomos procurar um bar. Tudo lotado. Mas encontramos um pub bem bacaninha e ficamos pelo primeiro tempo. Fazia muito calor e resolvemos procurar outro no intervalo.

Detalhe importante
O argentino e eu nao nos tocamos durante o dia todo. Nao sei ele, mas eu nao senti mais a mesma energia do dia anterior. Achei até engraçado porque depois da praia acreditava que ele nao ia querer mais andar comigo, ou ao menos ia inventar uma boa desculpa. Quando me convidou para ver o jogo achei até estranho. Mas aceitei também, afinal ver o jogo é acompanhada era bem melhor que sozinha. E fumamos mais haxixe, claro.

Encontramos outro e ficamos...Foi uma pena Portugal perder, estávamos ambos torcendo pelos lusitanos. Mas o Cristiano Ronaldo só queria dar volteios e perdia os melhores lances. Enfim, desolados, fomos beber a derrota numa praça. Logo se juntou mais gente, violeiros e a coisa ficou mais interessante. Desembestei a falar com ele, rimos, fumamos e eu cansei. Quase 20 horas no ar, com praia, sem comer direito, pedi arrego. Nos despedimos e combinamos de nos encontrar, novamente, na Catedral para outro jogo. Mas este acho que ele vai ter de ver sozinho.

Correçoes e novos consumos
- Bocadillo é um sanduíche feito na baguete. Sao comuns porque sao baratos. E muito substanciosos.
- Queria muuuito dizer ao Pietro que tô me entuchando de prosciutto, que aqui eles chamam de jamón país ou jamón serrano. Tudo aqui tem jamón. Tem um com queijo brie do boteco aqui do lado que é dos Deuses!
- Eu nao tô num bairro chamado Cavalo, como disse anteriormente. O bairro se chama Raval. O problema foi da pronúncia quando Vasco estava me situando na cidade.
- Hoje comprei um adaptador para carregar a bateria da máquina. Foi baratinho, pelo menos.
- Ontem comprei um pareo (canga) na praia. Claro que a burralda tem uma na mala. E claro que ela nem lembrou de levar.

Agora, dêem-me licença que eu preciso desayonar (tomar café-da-manha). O do albergue eu já desisti. Muito cedo, nao tenho fomo essa hora. E aqui é comum se fazer as refeiçoes bem tarde, comparado com os horários do Brasil. Aqui sao 2 da tarde e eu estou em jejum.

Última informaçao
Com apenas 3 horas de praia já estou com uma cor incrível. Agora sim, podem se rasgar de inveja.

3 comentários:

Janaina Basilio disse...

Não chama muito não que eu vou mesmo! eheheh ... bjs

Zé Tadeu disse...

E vc já aderiu ao top queridona?Mais história só uma grande por dia não dá! Tem que ter um texto por período manha tarde e noite!

Édnei Pedroso disse...

Tudo isso e nem chegou o findi ainda...

Os dias deveriam ter mais horas...

Beijos.