terça-feira, 28 de abril de 2009

Como se arma un lío e O Rappa

Aqui galleta quer dizer biscoito. Mas bizcocho quer dizer bolo e bolo aqui se chama pastel. Com a diferença que nunca é salgado. Receber umas tortas é o mesmo que dizer que levou uns tapas e tapas, aqui, é o mesmo que pica-pica. Pica aqui nao tem nada que ver com rola, e sim é o nome que se dá à pia de lavar pratos. E tem também as famosas hóstias. Tal como em português representa aquela parada redonda e branca que o padre dá aos fiéis na missa. Mas também pode ser um soco ou uma expressao equivalente ao nosso bom e velho caralho (aqui se diz mais hóstia puta).

Estar hecho polvo é o mesmo que estar cansado (feito pó, traduçao literal). Mas se você escutar um echar un polvo já passamos à esculhambaçao. Conheço uma colega que nao entendeu a brincadeira e disse "sim!" sem nem saber o que tava respondendo. E tinha dito que sim, que daria uma com um outro colega. Estar de cachondeo é estar de brincadeira, mas estar cachondo é o mesmo que estar excitado. Agora o auge é mesmo corrida. Corrida aqui só de touros. Porque em qualquer outra conversaçao, corrida, correr e as variantes se referem a orgasmo. Hmmm...esto si que me gusta un mogollón. E ainda tem gente que pensa que todo problema se resumia apenas à palabra embarazo...

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Ontem foi dia de show. Eu nem ia, mas no final acabei cedendo à publicidade dos brazucas que trabalham comigo: fui ver o show d´O Rappa. Tinha entradas para Jose também mas ele tinha que trabalhar hoje super cedo e nao pode ir. Fazer o quê? Pois pegar minha bicicleta, tomar umas cervejinhas com ele e uns amigos e ir tirando para o show sozinha mesmo porque afinal nao nascemos grudados. E confesso: valeu muito a pena. A discoteca nao estava à tope de gente e isso foi bom porque assim todo mundo cantou e dançou sem atropelos. Acabei ficando na área vip com a Valéria e o churri dela, o Ivan. Ganhei umas cervejas, un porro e ainda acabei indo parar no camarim para tirar foto com o Falcao. Juro que nao queria, sei que deve ser um saco ter que tocar e depois, já cansadaço, ter que receber todo mundo de bom humor e sorrir para quinhentos flashs. Mas acabei indo com a Valéria e ela quis tirar uma foto do cantor com a neguinha. Até que ficou bacaninha, viu?

Voltei pra casa quase 3 da manha mais louca que o Giraia e pensando que quando rolar outros shows de grupos brasileiros aqui nao posso perder. Porque sinto que vai valer a pena. De novo.

2 comentários:

Édnei Pedroso disse...

O Rappa? Bom, não faz meu estilo realmente...

Mas a primeira parte do texto está impagável. Parabéns.

Beijos.

J.F. de Souza disse...

Eita... Nao adianta: tem coisa que a gente só aprende vivendo no lugar! Tem jergas que se usam aê e que eu ñ sabia de forma alguma... Mas é bom saber de antemao! =)

(Ah, esse teclado com sotaque hispânico é fueda... Sempre fico com saudade do til em cima do a...) =P

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