domingo, 22 de junho de 2008

Bye, bye, Centre Rambla!

Depois de seis dias e sete noites, finalmente me despeço desse albergue chamado Centre Rambla. Pesando tudo de bom e de ruim, ele nao vai deixar saudade, mas também nao o detesto. Afinal, se nao fosse por ele talvez nao tivesse encontrado Guillo por aqui. Que aliás...graças a Deus nao apareceu na Catedral e eu pude, finalmente, rever o Eduardo.

Nao sei se já disse, mas ele nao é bonito. Nao tem muita altura, nao tem corpo sarado, nao tem os dentes mas lindos do mundo (mas estao todos la, e limpos!)...Mas o que ele tem de melhor sao os olhinhos, que se semicerram quando conversamos...os cabelos meio queimados de sol e completamente desgrenhados (sao lisos, mas rebeldes)...a forma como ele me toca quando andamos juntos e ele, super cavalheiro, quer que eu vá primeiro.

Bom, depois de levantar cedo, procurei livros em português e nada. Nem na Fnac. Fiquei de cara! Mas Xavier já me mandou por e-mail o endereço de algumas livrarias que os tem. Depois vou lá comprar um. Andei mais um pouco, comprei um gelado e fui ligar para casa. Ok, agora eu tenho que confessar, eu estou morrendo de saudade do meu pai. Nao sei porque, desde o dia em que cheguei penso nele. E foi ele mesmo quem me atendeu, às 9h no Brasil. A voz mudou assim que eu disse "pai?". Ele já começou a sorrir com a voz, e eu também. Ah, meu velho...Disse que minha mae nem dormiu esta noite de tanta preocupaçao (fazia uma semana que eu nao dava notícia por conta do cartao que comprei que é um lixo...agora só skype em cyber cafe) e me passou para ela. Conversamos por uns 15 minutos e me senti ótima. É bom saber que estao bem e torcendo para que tudo dê certo comigo por aqui.

À noite (quer dizer, por volta das 20h), fui encontrar o Eduardo de novo e ele me convidou (de novo) para ver um jogo e tomar uma cerveja. Dessa vez nao ia deixar ele escapar. Pedi o endereço do lugar, para o caso de nao irmos juntos. Mas nem precisou. Quando cheguei à central dos trixis, quasi caí na risada. Ele nao viu que eu havia chegado e estava falando de mim para Jordi. Creio que era algo bom porque nem sem graça ele ficou.

Para completar mais uma noite de cerveja, vimos o jogo (a Rússia meteu 3 na Holanda, favorita. Estávamos torcendo pra Rússia, por ser meio que um azarao) e ele quis se despedir. Pedi para ele ficar um pouco mais. Sabia que ele estava cansada (nao é fácil empurrar aquele trixi o dia todo, sob o sol, com dois turistas atrás) mas mesmo assim pedi. E nao é que ele aceitou? Na verdade o convidaram a tomar mais uma no Can-Can para depois todos irem. Fomos e quando chegamos lá ele me saca uma paranga. Coisa fina! A maconha daqui é muito mais saborosa, nao tem amônia, é incrível. E o bom é que se fuma pouco e já dá um barato bom...

Antes mesmo de fumarmos já estávamos bem próximos. Imagina depois? Era um tal de pega na mao, no braço, na coxa...Tivemos direito até a caminhar um pouco de braços dados. Chegando ao bar tomamos mais uma cerveja cada um e nos fomos. Jordi ainda tentou me arrastar para outro, mas tínhamos que tomar metro e...bem, o Eduardo ia embora e eu nao queria ficar numa turma sem ele.

Ai, ai, que vida engraçada. Bom, hoje vai ter Espanha e Itália e eu nao vou perder por nada. Vou torcer (e muito!) para a Espanha. E acompanhada dele, é claro.

Um comentário:

Adriádene disse...

Que dê Espanha!!! Besos