quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O grande encontro e malas prontas

Quando me despedi de Jose naquela sexta-feira me parecia que ficar sem ele 10 dias ia ser como uma eternidade. Logo ficou provado que nao, que era um tempo, digamos, normal. Toquei minha vida, fui atrás de um monte de coisas e esperei a segunda-feira chegar, tranquilamente. No domingo à noite trocamos mensagens e ele disse que chegaria por volta das 20h. Organizei todo meu dia para estar livre a essa hora mas acabei me atrasando. Era flyer para pegar na casa da Fe, era despedida da Mari (e eu queria me despedir decentemente dela, aproveitar os últimos intantes antes dela voar de volta pro Brasil), era Rambla para divulgar a festa do Beto...Quando olhei pro celular já era mais de 8 da noite e eu ainda tava chegando na Rambla para trabalhar. Mas o frio era tanto que às 9 e meia pedi arrego e voltei pra casa. Fiquei aqui na net e de repente o celular tocou. Finalmente ele tinha chegado. Falou que estava no centro, indo pra casa de bicicleta e perguntando se podíamos nos encontrar no Passeig de Gracià (que é do lado da minha casa). Hombre, claro! Peguei Isolda e fomos. Quando vi ele do outro lado da avenida, tirando as luvas, já senti aquela quenturinha boa no peito, de quem está prestes a matar as saudades. Nao pude nem colocar a bicicleta num canto. Assim que os braços dele já puderam me alcançar me enlaçou e começou a me beijar, a me chamar de meu amor, de mi niña e aquelas coisas todas que ele sabe que eu adoro ouvir e que me fazem um bem danado. Nao me desgrudou nem para eu poder me ajeitar e abraçá-lo decentemente. A impressao é de que ele sentiu mais a minha falta do que eu dele. Sei lá, essas coisas nao se medem, mas foi o que senti.

Logo subimos para Vallcarca enquanto eu lhe contava tudo que tinha acontecido esses dias. Ele me disse que logo na manha seguinte já pegaria outro trem, este com destino a León, para visitar os pais de Esther e que só voltaria sábado. Eu já sabia que ele ia, só nao imaginei que fosse assim, emendando uma viagem na outra. Bom, que importa? Depois que ele jantou e arrumou a mochila fomos para a cama. Ai fumamos um e...nao sei, me emociono só de lembrar. Era como se os nossos corpos falassem por si (e nao falo apenas de tesao). Eu poderia passar a noite só olhando-o e beijando-o. Já estava maravilhoso. Mas foi mais, foi muito mais. Sabe aquela frase de que o céu é o limite? Entao a gente já nao tinha mais nada. Era só o nosso amor, os nossos corpos, as nossas almas e emoçoes perdidas no cosmos.

Acordamos pouco depois (o celular tocou às 7h!). Eu tava morta de sono mas o meu amor me despertou logo. E começamos tudo de novo. Antes de dormirmos ele me disse que às vezes sentia medo das sensaçoes e sentimentos que eu despertava nele. Entendi bem o que ele quis dizer, já senti o mesmo em outras situaçoes. Apenas respondi: quando nos acontece algo bom a gente nao pode pensar em nada, tem apenas que desfrutar. Ele concordou. Quando finalmente saímos da cama a Esther já estava num desespero só, achando que eles iam perder o trem. Achei engraçado mas fiz a minha parte: entrei correndo pra tomar banho. E nao é que o danado se meteu na ducha também. A gente tinha mesmo que aproveitar bem todos os momentos. E olha que ele me banha direitinho! Aí eles saíram, os acompanhei até o metro. E se foram. Sábado tem mais.

Voltando às minhas pendências, hoje fui atrás da Amanda para ver a parada da mudança. Acabei passando a tarde toda metida no quarto dela, limpando, varrendo, tirando móveis antigos, colocando os novos que ela ganhou dos amigos e no final a parte que ficou estabelecida como meu quarto ficou luxo! Já fiz as malas e amanha, depois de resolver mais algumas coisinhas, lá vou eu para a...uau, para a quinta mudança! Nao vou poder levar o laptop porque a Olimpia vai mandá-lo para o conserto (está com a tela zuada faz tempo mesmo). Entao, quando puder postar de novo, já estarei vivendo na ocupa, com a iaque doida e com os novos espanhóis. Hasta la vista!

5 comentários:

Janaina Basilio disse...

Flor, sei bem o que você quer dizer com essa sensação de que seus corpos não mais pertencem a vcs ... é algo mágico, incrível e que poucas pessoas sentem ... vai além do prazer carnal, além da razão, além de tudo ... é um momento de transe total.
Eta privilégio!

bjs e te amo

FeltroMonia disse...

Só sei que sei.

Édnei Pedroso disse...

Kele, a poetiza. Quem te viu, quem te vê, hein, moça? Fico feliz por vc.

Beijão.

Mari disse...

O Vegas não fechou. O Studio SP tá ali do lado. São Paulo tá tranquila e lindamente iluminada!!
Vai na paralela, vai. Logo menos a gente se tromba por ai. Vai na fé, que eu vou por aqui. Já foi viajar? beijocas

Fe Martini disse...

Engracado como as coisas sao intensas desse lado do mundo ne? A felicidade eh extrema, os sentimentos afloram com muita facilidade e a solidao quando bate...derruba!
Adoro o jeito como vc escreve, ainda mais conhecendo o cenario e os personagens....me arrepia KEKE!
saudades...
beijos londrinos pra vc!!!
Fefe