sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mais dois adeus

Quarta-feira o celular nos desperta bem cedinho, tao cedinho que o sol ainda estava se levantando. Saímos de casa em jejum para nao nos atrasarmos, afinal Joselito tinha que estar na base às 9h para receber os trixis que chegavam de uma promoçao em outra cidade. Pois que deu as 9h, 9:15h, 9:30h...e nada. Depois de ligar para o contato na outra cidade, Joselito descobre que eles vao sair de lá só às 10h. Me cago en la puta! Sair da cama tao cedo, no frio que estava fazendo e em jejum para nada é pra fuder o cu com a pedra. Mas tudo bem... Aproveitamos para tomar um bom café com leite (e eu mandei também um xuxo de crema, lembra muito o nosso sonho de padoca) e depois ir à biblioteca pois eu tinha 3 livros para devolver (com tanto tempo livre, aproveitei para mergulhar na leitura e, ao todo, li 13 livros em 6 meses...e até agora já li 2 e comecei outros 2 geniais!). De volta à base, fumamos um porrito e foi o tempo do caminhao chegar. Marcos também havia chegado e resolveu dar uma força. Eu também fiz minha parte e passei por uma experiência que há tempos ansiava: guiei um trixi!!! Tudo bem que o trajeto nao contava mais que 300 metros mas já tava de ótimo tamanho. Sempre tive vontade mas tinha vergonha, medo de estropear a parada fazendo alguma cagada. E eis que este dia era perfeito porque só estávamos nós 3 (Joselito, Marcos e eu) e portanto qualquer problema seria controlado nao por um, mas por dois dos melhores trixistas. Confesso que gostei, gostei muito. Imaginei como seria trabalhar nisso o dia todo, como eles, no verao...Ah, se eu tivesse papéis...

Tudo organizado fomos para casa de Txisti. Era o dia da mudança e como eu nao tinha para fazer nada além de coçar a tetas fui dar uma maozinha. Sabia que nao ia ser fácil porque o cara morava no quarto andar de um prédio super antigo. O que é o mesmo que dizer que nao contaríamos com elevador e as escadas eram super estreitas. Ao todo éramos 7 pessoas e demoramos 3 horas para descer tudo. Trabalho terminado fomos comer todos juntos. Txisti queria pagar o almoço pra todos mas achei mancada, ainda mais porque ele tinha alguns aluguéis atrasados e tal. Deixamos ele pagar o almoço da Máite e da Laura e cada um se encarregou do seu próprio.

Antes de subir na furgoneta, ele me abraçou e me agradeceu, pela ajuda com a mudança e por ser quem eu sou. Acho que foi um elogio, né? Fiquei feliz por ele, afinal ele se muda para se casar. Mas também me senti um pouco mais sozinha. Txisti já era como da família. A pequena família que construí aqui. Ele se foi mas já está me esperando para uma visita que, creio eu, nao vai demorar mais de 15 dias para acontecer. E assim, ele se foi.

Na quinta-feira outra baixa na cidade: a Fefâ foi embora. Liguei para ela pois queria dar-lhe um abraço, mas nao teve como. O tempo que era tao largo de repente ficou tao curto e entao ela também se foi, deixando mais saudade.

O que me restava? Pois ler, cuidar de mim, trabalhar, tocar a vida que nao parou nenhum segundo sequer enquanto isto tudo acontecia. Foi o que fiz hoje o dia todo. Logo mais Joselito chega. Logo mais tenho que ir trabalhar. Depois irei tomar umas copitas na Sala BKN. Vida que segue.

Um comentário:

Mari disse...

as despedidas sao tristes, mas essas despedidas tem um ar de até logo, um dia a gente se vê, porque senão não tem como entender a vida. saudades keke. beijocas mari